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28 de fevereiro de 2011

Selos do mês de Fevereiro *--*

Genteeeem, muito, mas muito obrigada mesmo pelo carinho e reconhecimento de vocês através destes selos maravilhosos *--*.
Hoje estou aqui para postar os selos referentes ao meses de Janeiro e Fevereiro de 2011. Estou trocando e modificando o layout, e ainda não sei como fazer voltar minha linda página de selos, então vou juntá-los e de mês em mês reposta-los.
Me desculpem se não cumprir as regras todas. Só irei repassa-los ok?

Janeiro


Por PE-DRI-NHA, em 23/01.








Por Entrelinhas, em 25/01.











Por Palavras Clamadas, em 30/01.





















Por Canto em Silêncio, em 31/01.




























Por Violetas que plantei, em 08/02. Por Um amor de menina, em 18/02.








 Por O mundo sob meu olhar, em 19/02.








Por Flores de um jardim, em 21/02 e 28/02.







Indico à todos vocês que receberem meu aviso. Peço por favor que somente os que eu avisar por meio de recado, retirem os selos daqui. Ok? Beijos *-* 

26 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte IX- FINAL)

     Haha. Dessa vez não aconteceu nada, leitor. Fiz isso só para atiçar você. Não me julgue de ruim, malvado, ou qualquer outro sinônimo. Preciso dar este pequeno incentivo para que continues lendo-me.
     Ficamos nos beijando. O calor aumentando. As roupas ficando apertadas. Enquanto fazíamos amor, um som vindo de longe dizia "Eu te dei tudo o que eu tinha". E é verdade. Eu havia dado o melhor de mim para Mariana. Meu mais puro amor. Meu mais sincero carinho. Meu mais humilde sorriso. Tudo era para ela. E por ela também.
     Seguimos assim nossas vidas. 
     Até hoje. Dia em que ela foi embora. Tive uma recaída na noite de ontem. Conheci uma loira que mexeu com meus sentidos. Sei que fui burro, galinha, insensível. Não podia ao menos imaginar que ela iria até lá, para tentar reatar nosso namoro depois de uma briguinha boba. A bebida subiu rápido para a cabeça. E aqui estou. Escrevendo este conto, baseado em uma parte da minha vida da qual eu nunca esquecerei. 
     Há uma única saída para tudo isso. Para nunca mais fazê-la sofrer. E espero que você, caro amigo leitor, não me julgue, nem ao menos me chame de idiota. Realmente, é a única opção que tenho agora.
     Em minhas mãos, um copo de vinho. O último que tomarei. 
     Adeus , minha Mariana.


Desculpem a falta de criatividade para o fim. Mas sinceramente, tava foda - desculpem o palavrão - de terminar rs. Espero que continuem vindo aqui nos meus próximos textos. E obrigada pelo carinho. Beijos.

24 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte VIII)

     Pois é, caro leitor. E lá estava Mariana atrás da porta ouvindo e observando tudo. Olhando mais atentamente para seu rosto, pude observar uma lágrima rolando - involuntariamente, provavelmente - pelo canto do olho direito. Eu nunca senti tanto remorso, tanta vontade de sair correndo e pedir desculpas à ela.
     - E como eu terei certeza de que este filho é meu. - disse eu, tentando apagar aquela imagem dela à porta nos observando.
     - DNA meu bem. E aí ficará comprovado que você é o pai e terá que nos sustentar.
     Mas que vaca meu Deus. Eu, sustentando um filho, que nem certeza que é meu eu tenho, e uma vadia de quinta? Mas nem pensar.
     - Se essa criança realmente for minha, com certeza não irei deixar faltar-lhe nada. Mas quanto a você, não verá um centavo meu.
     - Isso é o que veremos. - disse ela, virando as costas e saindo porta afora.
     Quanta reviravolta em tão pouco tempo. Olhei para fora. Não havia sinal de Júlia, nem de Mariana. Resolvi tocar a campainha de seu apartamento, rezando para que estivesse lá. E estava. Me olhou com cara de poucos amigos, mas me deixou entrar.
     - O que você quer?
     - Acho que lhe devo uma explicação sobre o que aconteceu.
     - Não. Não deve. Quem mandou eu me apaixonar por um cafajeste? - essa última parte saiu tão baixa de sua boca, que por pouco não ouço.
     Ela tinha razão, eu era com certeza um cafajeste. E de certo ela já devia ter percebido. Agora, tinha certeza. Mas peraí. Ela disse "apaixonar" ou foi só impressão minha?
     - Apaixonar? Você está apaixonada por mim Mari? Eu ouvi certo?
     - O que? Tá maluco Rodrigo? - disse vermelha, tentando se desvencilhar do assunto.
     - Cara, você não faz ideia do quanto eu fico feliz em saber que você está apaixonada por mim.
     - Eu acho que você precisa ir num Otorrino sabe. Fazer uns exames pra ver se tá ouvindo direito. E porque a exaltação?
     - Porque eu te amo Mariana. Você mexeu com meus sentidos. Você mexeu com minha cabeça. Você mexeu com meu coração.
     Sem ao menos deixá-la responder, beijei-lhe os lábios de uma forma alucinante, querendo que aquele momento se eternizasse. 
     Nada poderia acabar com a magia daquele instante. A não ser ...

20 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte VII)

     Ambos tomamos um susto. Quem seria em meio àquela hora da madrugada? - sim, eu ainda acho que sete horas da manhã é madrugada, e daí? Levantei-me, enrolado no lençol e caminhei até a sala. Pensei por alguns segundos antes de atender. Era o porteiro, dizendo que Júlia estava esperando para subir. 
     Para você, meu leitor assíduo, que não sabe quem é Júlia: loira, alta, com um corpão de dar inveja à qualquer mulher. Nós havíamos namorado dos meus 18 aos 19 anos. Terminamos porque eu a havia chifrado. Novidade.
     Cara, que medo de dar a resposta errada e acabar estragando tudo com a Mariana. Acabei dizendo para subir. Precisava colocar um ponto final logo nesta história. Caminhei até o quarto rapidamente e pedi para Mari colocar uma roupa, que uma pessoa estava subindo e que ele precisava conversar à sós.
     Ela somente obedeceu, mas quando abriram a porta da sala, lá estava ela. Com uma criança aninhada em seu peito. Era óbvio que era filho dela. Mas quem seria o pai? Talvez eu? Não, não poderia ser possível. Ou poderia?
     Dei um selinho em Mari e convidei Júlia para entrar. Ela me olhou com uma cara de nojo assim que Mari virou as costas, e esta fez uma cara nada agradável ao ver aquele pedaço de mal caminho esperando para entrar.
     - Você não mudou nada não é Rodrigo? Cafajeste como sempre!
     - Vejo que você continua igual. A mesma cara de puta de antes. E já vi que teve um filho também. Não perdeu tempo né? - dei uma gargalhada.
     - Pois é. E ele é SEU filho!
     É como dizem, quem ri por último ri melhor. Não tive reação alguma, mas quando olhei para a porta, havia alguém observando.


O post tá pequeno porque houveram umas decepções comigo hoje, e a inspiração foi embora. Mas prometo melhorar para o próximo. Obrigada pelas palavras de carinho e pelo apoio de todos e continuem fazendo isso, seus lindos <33.

17 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte VI)

Para acompanhar as outras partes, clique em: Parte I,Parte IIParte IIIParte IV, Parte V.


     Pude ouvir as vozes ao longe. Parece que o rapaz da balada não estava satisfeito por ter apanhado e por não ter ficado com a Mari. Ela olhou para mim com aquela carinha de "Por favor, não vá lá e comece tudo de novo!" . Resolvi acatar o pedido que seus olhos me faziam. Demos a volta pelo quarteirão até chegar na portaria do prédio. Entramos, subimos. Chegando no quinto andar, ela virou-se e caminhou para a porta de seu apartamento. Como ela podia fazer isso? Será que ela havia se ofendido por causa do beijo?
     - Mariana, onde você vai?
     - Para meu apartamento, oras. - dizia ela, e uma interrogação nascia em sua face.
     - De jeito nenhum, venha para o meu esta noite. Você dorme no quarto e eu na sala. Estou com medo de que esse cara venha atrás de você.
     - Eu estarei bem no meu apartamento, pode dormir sossegado Rodrigo. - disse, virando as costas e abrindo a porta.
     - Tudo bem, mas pode vir para cá a qualquer hora. A porta estará aberta.
     Ela não respondeu. Apenas fechou e trancou a porta na minha cara.
     Fique esperto meu leitor, pois agora começa a reviravolta na história de amor que nascia. Vocês irão se surpreender, creio eu. 
     Tenho um velho costume de dormir apenas com peças íntimas. Não gosto de nada pressionando meu corpo durante o sono. Já passavam das cinco da manhã. Um pesadelo rondava meus sonhos. O rapas da balada vinha e raptava Mariana, levando-a para longe. Eu gritava e gritava, mas ninguém podia ouvir meu apelo. Foi então que uma mão, delicadamente, passou por meus cabelos e sussurrou:
     - Calma, está tudo bem, foi apenas um pesadelo Rodrigo.
     Abri os olhos e lá estava ela. De camisola branca. Linda. Não, perfeita. Parecia um anjo. Um sonho. Só podia ser isso. Esfreguei os olhos, fechei-os. Mas não. Ela não saia de minhas vistas. Não era um sonho, muito menos uma miragem ou ilusão. Ela estava ali mesmo. Sentada em minha cama.
     - Aconteceu alguma coisa Mariana? 
     - Não. É que não conseguia dormir e acabei ouvindo seus gritos, pensei que pudesse ter acontecido algo.
     - Está tudo bem, foi apenas um pesadelo. Se quiser ficar aqui, eu vou para a sala.
     - Não diga besteiras. - e me beijou. 
     O quarto ficou de repente quente demais. Nossos corpos se entrelaçaram por várias vezes. Éramos um só, até o êxtase, o ápice chegar para ambos. Caímos desfalecidos. Nunca pude imaginar este outro lado dela. Nunca havia demonstrado, nem por um segundo, que havia algo tão selvagem por dentro.
     Ela estava aninhada ao meu peito quando o telefone toca. 

11 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte V)

Para visualizar as outras partes, clique em: Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV.

O sangue subiu para a cabeça depressa demais. Quando dei por mim já estava com uma mão na camiseta do homem e a outra em forma de punho, pronta para acertar em cheio o seu rosto. E foi o que aconteceu. Os amigos do rapaz o segurando. Os meus me segurando. E ela com uma cara de quem não havia gostado nadica daquela situação constrangedora.
A música não parou um segundo durante o tempo em que a briga acabou e nós fomos enxotados da balada. Provavelmente nenhum de nós poderia voltar ali. Eu nem estava ligando. Não tinha gostado do ambiente de lá mesmo. Muito menos das pessoas que ali freqüentavam. Olhei para o lado, na procura de achá-la. Ela estava indo embora, a pé. Já passavam das duas da manhã e era perigoso fazer aquele caminho sozinha.
Pensei em pegar o carro, mas seria uma má idéia. Com certeza ela tacaria alguma pedra achando que é um ladrão e lá se vai meu carro pro concerto. Deixei a chave nas mãos de um amigo e pedi para que ele o levasse para casa que no dia seguinte iria buscá-lo. Tive que dar uma certa corrida para alcançá-la.
- Mariana, me espera. – dizia com a voz já afobada pela corrida.
Estava a poucos metros dela, quando parou. Não olhou para trás, mas parou. No mínimo ela devia estar muito brava comigo – para não dizer muito puta!
- Me desculpe por estragar esta noite.
Ela continuou sem responder. Parada.
- Não vai mesmo falar comigo? Ou será que eu vou ter que ir até aí, olhar nos seus olhos e pedir desculpas?
- Acho esta última opção a melhor no momento. – disse ela com a voz baixa.
Caminhei até conseguir enxergar seu rosto. Toquei sua pele. Um breve arrepio passou pelo corpo de nós dois. Era este o momento que eu tanto esperava. Não podia mais esperar.
- Me desculpe?  - disse olhando bem fundo em seus olhos.
- Tudo bem. Mas porque você foi para cima do cara sem nem ao menos um por quê? Você nem sabia ao menos se eu queria ficar com ele ou não.
- Eu fui pra cima dele porque eu acho uma falta de respeito um homem chegar do jeito que chegou a você. E eu nunca deixaria você ficar com ele.
- E porque não? – disse ela com um olhar confuso.
- Por isso.
Nem esperei ela me questionar. Passei um dos braços por sua cintura. Com o outro livre, passei a mão por seu rosto delicado. Outro arrepio. Os lábios dela procuravam os meus. E assim aconteceu nosso primeiro beijo. Nunca havia sentido algo como aquela sensação antes.
 Foi tudo tão perfeito. Até que algo nos fez parar.


E de novo o texto não teve fim. Estou com várias idéias de continuação na cabeça. E todas elas são muito detalhadas. Talvez dê um pulo em alguns trechos da história para não prolongar demais. Espero que estejam gostando. Obrigada pela atenção e pelo carinho.

Música inspiradora do post: If It Means A Lot To YouA Day To Remember

6 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte IV)

Para acompanhar as outras edições, clique em Parte IParte II e Parte III.

Caro leitor, acho que vocês me matarão depois de ver a continuação. Provavelmente novamente não é algo que vocês estariam esperando. Mas tenham paciência. Uma hora isso chega.
Ela deixou seu rosto quase colado ao meu. E soltou devagar a fumaça. Fiz o mesmo, olhando fundo em seus olhos. E que olhos. Quando terminou, olhou para a janela e deu uma risada, que misturava a graça do momento, com a vergonha que ela sentiu de se aproximar tanto de mim.
- Sabe. Eu nem sei seu nome ainda.
- Rodrigo, ao seu inteiro dispor. – dei uma baixa gargalhada. Ela também.
- Muitíssimo prazer, meu nome é Mariana. Você trabalha? Estuda? Namora? – essa última pergunta a fez corar as maçãs do rosto. – Desculpe por fazer tantas perguntas, mas é que sou curiosa sobre o desconhecido.
- Trabalho não tão longe daqui, num escritório de um reconhecido jornal da cidade. Não estudo, embora tenha vontade de cursar alguma faculdade. E não. Não namoro. E você?
- Trabalho num editorial de moda. Faço faculdade de jornalismo. E também não namoro.
Senti certo ar de alívio no tom de voz dela depois que disse que estava solteiro. Coitada. Se ela soubesse meu como meu verdadeiro eu é. Ou era, pois desde aquele fim de tarde ele misteriosamente sumiu, sem deixar rastros.
- Então creio que você seja maior de idade. Estou certo?
- Sim. Vinte anos. E você?
- O mesmo. Eu vou para a inauguração de uma balada não muito longe daqui. Quer vir comigo?
- Tudo bem. – Sim, ela aceitou sair comigo, mesmo tendo me conhecido a pouco mais de uns minutos que nem chegavam à uma hora. – Que horas preciso estar pronta?
- Às vinte e duas horas. Tudo bem para você?
- Claro. Estarei lhe esperando na porta de seu apartamento.
E assim sai de lá, cheio de esperanças. Peraí Rodrigo. Esperanças de que? Ah meu amado leitor, em breve você descobrirá. Olhei para o relógio cuco na sala. Apontavam vinte e uma horas. Fui para o banho. Liguei o chuveiro e deixei a água percorrer primeiramente meu corpo totalmente nu para depois começar a me ensaboar. Ao sair do banho, me encaminho para o quarto, com a toalha enrolada pelo corpo. Busquei a melhor roupa que ainda não estava suja. Consegui camiseta branca, e uma calça jeans parecida com skinny que havia sido presente de uma ex. Calcei os tênis novos que havia comprado não faziam nem vinte dias. Passei meu mais cheiroso perfume. Olhei para o celular. Quase vinte e duas horas. Caminhei ate a porta de entrada, olho pelo olho mágico. E lá estava ela. Deslumbrante como sempre. Bem casual, com uma camisa xadrez, calça skinny e tênis All Star.
Abri a porta, não fazendo barulho o suficiente que a espantasse ou assustasse. Ela se virou e me olhou nos olhos. Depois, passou os passou rápido por meu corpo.
- Como você está bonito. – disse chegando perto. – E cheiroso também.
- Digo o mesmo. – estava o suficiente extasiado para não conseguir arranjar algo melhor para dizer. – Vamos? Senão iremos nos atrasar.
- Sim. No meu ou no seu carro? – se não estivesse sem meu lado cafajeste por perto, eu levaria essa pergunta para outros campos.
- No meu.
E assim partimos para a tal casa noturna Vegas. Como previmos, iria lotar. A fila estava quilométrica. Achei um amigo lá pela metade. E fomos até lá. Os apresentei e ficamos conversando. A fila andou com certa tranqüilidade. Antes, contudo, deveríamos escolher uma das três cores de pulseiras. Vermelha, comprometido. Amarela, comprometido, mas pode chegar. Verde, pode vir quente que eu estou fervendo. Marina foi à frente e escolheu a vermelha. Virou e deu uma piscadela. Fiz o mesmo. Não me perguntem o porquê, mas aquela piscada tinha segundas intenções, senão ela não o teria feito.
- Sabe por que eu escolhi a vermelha? Pois gosto de selecionar bem antes de ficar com alguém.
- Pois é. Eu também. Mas já estou de olho em uma há algum tempo.
- Mas já? Que rápido que você é, mal entramos aqui. – ela fez uma carinha de quem não havia gostado. – Vamos pegar uma bebida?
- Claro.
Fomos até o bar. No caminho, um homem veio e a puxou pelo braço. Não pude conter a raiva e a fúria de ver aquilo. 

Desculpem –me novamente pela falta de tempo para postar a continuação. Espero realmente que estejam gostando e aceito sugestões para os próximos capítulos. Afinal, não se sabe se essa onda boa de inspiração permanecerá muito tempo. Este capítulo está maior e com mais conteúdo e detalhes que o anterior. Quero que todos leiam até o final, pois vale a pena. Obrigada pelo carinho. Beijos, Pamela.

3 de fevereiro de 2011

Hey darling, I hope you're good tonight (parte III)

Para acompanhar a história desde o início, clique em Parte I Parte II .



Aposto que você, caro leitor, deve estar ai, imaginando a cena que comecei a descrever no capítulo anterior e que “infelizmente” não pude terminar. Seria um sonho realmente aquilo que estava vendo?Ela estava de costas, sentada na bancada, com uma xícara de café e um cigarro aceso na outra mão. Aposto que você ficou decepcionado ao ler isso. Mas Mariana é diferente e com o tempo vocês verão isso.

Ela fumava. Algo em comum. Acho que algum pensamento alto que tive a fez dar um leve pulinho na cadeira em que estava sentada. Ela virou-se e jogou o café em cima de mim, num impulso de tentar se defender do desconhecido. O líquido, pelando de quente ia descendo, queimando, da gola para baixo. Quando ela olhou em meus olhos e veio pedindo milhões de desculpas.  E a minha primeira reação foi de rir. Rir muito. Gargalhar.
- Não tem problema. A regata já é velha e é só lavar. Eu não me queimei não. Fique tranqüila.
Menti pela primeira vez para ela. Eu estava queimado provavelmente até por dentro. Mas não quis deixá-la mais aflita do que já estava.
- Não, eu faço questão. Tire-a e eu mesma a lavo. Não tem problema em ficar sem ela. Está realmente muito calor.
- Mas e se seu namorado chegar? Provavelmente ele iria sujar seu piso branquinho com meu sangue.
- Eu não namoro. Talvez os trabalhos, os estudos, tenham ocupado este lugar em minha vida.
Não sei até hoje como não dei pulos de felicidade ao saber que além de linda, meiga, estava solteira.
Pensa logo Rodrigo. Você tem que chegar nela antes que mais alguém aqui o faça.
- Você fuma? – perguntei com a cara de cético.
- Sim, infelizmente um vício maldito. E você?
- Também. Pelo menos alivia a tensão e o estresse do dia-a-dia.  
- Você quer um?
- Quero, por favor.
Sentamos na sala. Ela acendeu o seu primeiro. Depois passou-me o isqueiro.

Nos olhamos e demos a primeira tragada juntos. Seu rosto chegou perto do meu. Eu a olhei o nos olhos. Nossa falta de ar acabou de chegar.