Caro leitor, acho que vocês me matarão depois de ver a continuação. Provavelmente novamente não é algo que vocês estariam esperando. Mas tenham paciência. Uma hora isso chega.
Ela deixou seu rosto quase colado ao meu. E soltou devagar a fumaça. Fiz o mesmo, olhando fundo em seus olhos. E que olhos. Quando terminou, olhou para a janela e deu uma risada, que misturava a graça do momento, com a vergonha que ela sentiu de se aproximar tanto de mim.- Sabe. Eu nem sei seu nome ainda.
- Rodrigo, ao seu inteiro dispor. – dei uma baixa gargalhada. Ela também.
- Muitíssimo prazer, meu nome é Mariana. Você trabalha? Estuda? Namora? – essa última pergunta a fez corar as maçãs do rosto. – Desculpe por fazer tantas perguntas, mas é que sou curiosa sobre o desconhecido.
- Trabalho não tão longe daqui, num escritório de um reconhecido jornal da cidade. Não estudo, embora tenha vontade de cursar alguma faculdade. E não. Não namoro. E você?
- Trabalho num editorial de moda. Faço faculdade de jornalismo. E também não namoro.
Senti certo ar de alívio no tom de voz dela depois que disse que estava solteiro. Coitada. Se ela soubesse meu como meu verdadeiro eu é. Ou era, pois desde aquele fim de tarde ele misteriosamente sumiu, sem deixar rastros.
- Então creio que você seja maior de idade. Estou certo?
- Sim. Vinte anos. E você?
- O mesmo. Eu vou para a inauguração de uma balada não muito longe daqui. Quer vir comigo?
- Tudo bem. – Sim, ela aceitou sair comigo, mesmo tendo me conhecido a pouco mais de uns minutos que nem chegavam à uma hora. – Que horas preciso estar pronta?
- Às vinte e duas horas. Tudo bem para você?
- Claro. Estarei lhe esperando na porta de seu apartamento.
E assim sai de lá, cheio de esperanças. Peraí Rodrigo. Esperanças de que? Ah meu amado leitor, em breve você descobrirá. Olhei para o relógio cuco na sala. Apontavam vinte e uma horas. Fui para o banho. Liguei o chuveiro e deixei a água percorrer primeiramente meu corpo totalmente nu para depois começar a me ensaboar. Ao sair do banho, me encaminho para o quarto, com a toalha enrolada pelo corpo. Busquei a melhor roupa que ainda não estava suja. Consegui camiseta branca, e uma calça jeans parecida com skinny que havia sido presente de uma ex. Calcei os tênis novos que havia comprado não faziam nem vinte dias. Passei meu mais cheiroso perfume. Olhei para o celular. Quase vinte e duas horas. Caminhei ate a porta de entrada, olho pelo olho mágico. E lá estava ela. Deslumbrante como sempre. Bem casual, com uma camisa xadrez, calça skinny e tênis All Star.
Abri a porta, não fazendo barulho o suficiente que a espantasse ou assustasse. Ela se virou e me olhou nos olhos. Depois, passou os passou rápido por meu corpo.
- Como você está bonito. – disse chegando perto. – E cheiroso também.
- Digo o mesmo. – estava o suficiente extasiado para não conseguir arranjar algo melhor para dizer. – Vamos? Senão iremos nos atrasar.
- Sim. No meu ou no seu carro? – se não estivesse sem meu lado cafajeste por perto, eu levaria essa pergunta para outros campos.
- No meu.
E assim partimos para a tal casa noturna Vegas. Como previmos, iria lotar. A fila estava quilométrica. Achei um amigo lá pela metade. E fomos até lá. Os apresentei e ficamos conversando. A fila andou com certa tranqüilidade. Antes, contudo, deveríamos escolher uma das três cores de pulseiras. Vermelha, comprometido. Amarela, comprometido, mas pode chegar. Verde, pode vir quente que eu estou fervendo. Marina foi à frente e escolheu a vermelha. Virou e deu uma piscadela. Fiz o mesmo. Não me perguntem o porquê, mas aquela piscada tinha segundas intenções, senão ela não o teria feito.
- Sabe por que eu escolhi a vermelha? Pois gosto de selecionar bem antes de ficar com alguém.
- Pois é. Eu também. Mas já estou de olho em uma há algum tempo.
- Mas já? Que rápido que você é, mal entramos aqui. – ela fez uma carinha de quem não havia gostado. – Vamos pegar uma bebida?
- Claro.
Fomos até o bar. No caminho, um homem veio e a puxou pelo braço. Não pude conter a raiva e a fúria de ver aquilo.
Desculpem –me novamente pela falta de tempo para postar a continuação. Espero realmente que estejam gostando e aceito sugestões para os próximos capítulos. Afinal, não se sabe se essa onda boa de inspiração permanecerá muito tempo. Este capítulo está maior e com mais conteúdo e detalhes que o anterior. Quero que todos leiam até o final, pois vale a pena. Obrigada pelo carinho. Beijos, Pamela.