Noite do dia quatro de janeiro de 1943. Era inverno. O frio tomava a cidade de Vladivostok, na Rússia, um lindo cenário para os românticos. Muitos casais das classes de prestígio de localidades próximas iam para a praça central. No coreto, na Rua de Kendall, alguns jovens aspirantes à artistas tocavam seus violinos e violoncelos. Músicas calmas, clássicas, o que tornava aquilo cada vez mais perfeito.
Não muito longe dali, na Rua Homestead, 3 homens e uma moça discutiam, exaltados.
- Vocês nunca encontrarão a arca com as almas da 1ª guerra que foram capturadas. – dizia a moça, com certo ar de desespero em sua voz. Talvez com medo do que viria adiante. – Eu disse que nunca irão encontrar.
E nunca a encontrariam, pois estava enterrada bem fundo. Em um lugar que eles nem imaginariam.
Elizabeth vinha da alta sociedade, da família Lauderdale. Seu pai, Fourmi esteve presente no dia em que as almas andarilhas dos mortos nos combates da 1ª Grande Guerra Mundial foram finalmente aprisionadas, para que toda a onda de mal passasse. Esse era um dos segredos de família, daqueles que só poderiam ter sido revelados minutos antes da morte de Fourmi.
- Minha linda filha Elizabeth, preciso lhe contar algo e o faço agora pois tenho medo que morra e leve este segredo comigo. – dizia Fourmi em seu leito de morte.
E foi assim que toda a história foi passada para Elizabeth. Ela prometeu, como um último pedido de seu pai, que não importava o que acontecesse, ela defenderia a arca das almas com unhas e dentes. E se preciso, com sua própria vida.
Já era manhã do dia 5 de janeiro, e os primeiros raios do outono entravam aos poucos na cidade, deserta por ser muito cedo ainda. Elizabeth completaria seus preciosos 20 anos neste dia da nova estação que nascia juntamente com ela outra vez.
Infelizmente não era isso o que se via na Rua Homestead. Elizabeth estava caída. Desmaiada? Não. Morta. Ela havia cumprido a promessa do pai. Defendeu a arca com sua própria vida.
Os três homens que estavam com ela? Procuraram em vão o que desejavam. E nunca a encontrariam, pois estava enterrada bem fundo. No coração dos que já haviam morrido, protegendo-a.
Texto escrito especialmente para a 50ª Edição Conto/ História do Projeto Bloínquês.
Me senti no cenário rs.
ResponderExcluirGosto dessa coisa de frio, antiguidade, enfim.
Não sei se eu teria essa coragem de manter esse segredo arriscando minha vida :o Mas como foi o pai dela quem pediu né. Coragem rs.
Bgs :*
q fod@ essa historia, até fiquei com medo o/
ResponderExcluirAdorei o Blog, com certeza vou seguir. Bjos e boa sorte *-*
ResponderExcluirela003.blogspot.com
eu ja tinha visto o texto... mas meuuu tu eh foda... tanto em redação quanto em html.... troca de profissão pam... faz web design... beijos... amoo
ResponderExcluirps: vc deveria estar sempre em primeiro lugar!
Nossa, que texto ótimo. Muito intenso. Me senti na cena, no lugar, no momento.
ResponderExcluirParabéns.
Selos para ti lá no blog *-*
ResponderExcluirAh,é porque não dá pra salvar arquivos diretamente de lá,só no printscreen :)
ResponderExcluirque lindaa a historia, pam *-*
ResponderExcluircoitada da menina o_o qn
Adoro essas narrativas.Bem escrita.Parabéns.
ResponderExcluirBeijos e siga meus anjos
http://sagaaureola.blogspot.com
nossa! como pedir isso a uma filha?!
ResponderExcluirAdorei *-*
ResponderExcluirMuito bem escrito, senti como se estivesse lá *-*
BJão e boa semana =^.^=
Maravilhoso. E eu acho tão legal texto assim, com um cenário antigo. Fiz um comentário a pouco, dizendo que não conhecia seu blog, mas percebi que vc só fez mudar o nome e o layout.
ResponderExcluirSeguindo-te.
Uau! Escrita altamente perfeita! Meus parabéns!!
ResponderExcluirbeijos
senti um medinho! rsrs
ResponderExcluirTe indiquei a um selo no meu blog! beijos
ResponderExcluirFiquei um tanto em dúvida. Fiquei um pouco perdida com o cenário e tals. Mas, frio e século medieval, não há mais por quês. sz
ResponderExcluirOlá, queria saber de onde tirou essa imagem. Vou usá-la em um livro e preciso entrar em contato com o dono dos direitos autorais. Obrigado
ResponderExcluirExcelente²
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