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3 de março de 2011

Where do you draw the line?

 Apanhou um pedaço de papel e escreveu rapidamente o nome e o telefone daquele homem com quem estava conversando. Mal se conheciam e algo nele havia despertado repentinamente o interesse de Isabela. Talvez fossem as tatuagens pelo corpo - algo que sempre a atraia -, talvez pelos piercings e pelo alargador, talvez fosse pelo fato dele fumar. E foi a partir de um cigarro que a conversa começou.
 Sabe aquele dia em que nada dá certo e você tem vontade de pular da próxima ponte que encontrar? Pois é. Era assim que Isabela se sentia. Andava por uma rua, pensando em tudo o que havia acontecido durante a manhã, quando encontra um rapaz, muito bonito por sinal, sentado em cima de seu skate e tentando acender um cigarro. Ela se lembrou de que havia prometido para seus pais que pararia de fumar. E daria certo, se naquele momento ela não estivesse a ponto de explodir. Não pensou duas vezes. Parou ao lado do rapaz.
 - Você tem um cigarro sobrando? Tive um dia daqueles e preciso de um para aliviar a pressão.
 Ele não falou nada. Somente colocou as mãos no bolso, puxou o maço e lhe entregou um. Passou o isqueiro. Ela acendeu o cigarro com pressa. 
 Como ele não havia trocado uma palavra sequer com ela, pegou o cigarro e saiu dando suas tragadas lentas, puxando o máximo da fumaça para si. Até que ele resolve dizer algumas palavras.
 - Me encontre depois das linhas do trem. Às seis horas da tarde.
 Não havia entendido direito. Por isso voltou e pediu seu nome e telefone. Ele lhe passou rapidamente, quase atropelando as palavras. Avisou-lhe que ligaria antes para dar-lhe a resposta. Ele somente levantou e saiu andando, a deixando no vácuo novamente.
 Foi para casa. O resto da tarde ocorreu normalmente. O mesmo tédio de sempre. Até que olha no relógio antigo na sala e vê que já são cinco horas . Resolve ligar. Ele atende e diz um alô seco. O medo por dentro a dizia para não ir. Mas a vontade de saber o que ele queria era maior. Disse que iria e desligou, sem ao menos esperar ele responder. 
 Se arrumou. Começava a fazer frio. Partiu até as linhas do trem, e lá estava ele lhe esperando.
 - Eu nunca pensei que estaria nessa distância. Se divirta um pouco e nunca mude, não por ninguém. Eu vendi minha alma para a estrada aberta. - disse quase gritando. 
 Dei um pulo para trás quando vi que um trem se aproximava. Mas ele não fez o mesmo. 

Desculpem-me pela falta de criatividade que me assola, e pelos finais trágicos que ando criando. Só isso ronda minha cabeça ultimamente. E não. Eu não fumo, mesmo colocando sempre em minhas histórias e contos alguém que o faça. Obrigada pelo carinho de vocês *--*. 

7 comentários:

  1. Ah, ta certo, Pamella. Nem se preocupe, virei sempre aqui. Bom, agora estou com pressa e preciso ir, mas logo menos venho ler este conto :)

    Beijos e bom carnaval!

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  2. Pera, ele morreu? ÇLKASÇKASKALLÇAKS
    Gostei bastante desse estilo dele haha, alargador e tal. Adoro meninos estilosos assim :B Suas histórias sempre tem esses personagens com estilo e tal né? Eu gosto :)
    Bgs Pam ;*

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  3. então, adoro esse 'tipo de cara' *--*

    e é legal conhecer alguém que te faz ver as coisas bonitas de novo, né?
    tá lindo o lay daqui :**

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  4. Jessica5/3/11

    Caracas! Que deprê...=/
    Mas o texto em si teve uma lição! Meus parabéns!
    E sim,eu postei,mas será que você leu? rsrs!
    Beijos!

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  5. Olá, o seu blog é bem interessante, e apesar do seu alerta no final, achei a história bem criativa. Ainda bem que você não fuma.


    Estou te seguindo.

    Abraços e fique com Deus

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  6. Gostei do seu blog... já estou seguindo

    http://jessicahiorrana.blogspot.com/

    passa lá

    bjo!

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  7. Nossa, pensei que seria outra coisa e no final vc me surpreendeu mesmo, linda.
    Muito bom o texto, eu achei mesmo *-*

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